segunda-feira, 16 de agosto de 2010

JOSIVALDO CORRÊA assume candidatura ao governo no lugar de MARCOS IGREJA

JOSIVALDO CORREA diz que é candidato pelo PCB para cumprir uma tarefa partidária Com o indeferimento da candidatura de Marcos Igreja, o PCB tem agora novo candidato ao governo do Maranhão: é Josivaldo Corrêa Silva, ambientalista e sindicalista. Ele nasceu no município de São José de Ribamar, tem 43 anos, é separado, pai de três filhos e tem três netos. É professor da rede municipal de São Luís e estadual no município de São José de Ribamar, e também é geógrafo, com pós-graduação em Gestão de Cidades. Viveu entre 1977 a 1981, parte de sua adolescência em Santa Inês onde estudou na Unidade Escolar 7 de Setembro e no Colégio Batista “Costa e Silva” e em seguida retorna a São Luis para estudar no Colégio Santa Teresa, como Bolsista e concluiu o Ensino Médio no Liceu Maranhense, iniciando neste sua militância estudantil. Foi da direção do Centro Cívico “Aluízio de Azevedo” do Liceu, membro da comissão Pró-Grêmio Liceu e presidente do Interact Club do Liceu Maranhense “Pioneiros do Brasil” em duas gestões e de uma gestão de Rotaract Club de São Luis e duas gestões de representante Distrital de Interact Club (D.4490) do Maranhão, Piauí e Ceará, entidades de Rotary Club,s Internacional. Membro da FIEL (entidade de Oposição a UMES.) Faz assessoria na Câmara Municipal de São Luís há 21 anos, assessor para Assuntos Legislativos e Parlamentar. Especialista em Processos Legislativos. Autor de publicações sobre atuação parlamentar. Foi secretário de Saúde e Segurança do Trabalho e Meio Ambiente (gestão 2005/ 2008) e atualmente é secretário para Assuntos Jurídicos (gestão 2008/2011) do SINPROESEMMA, de onde se encontra Licenciado. Agora concorre ao cargo de governador do Maranhão. Em entrevista ao Jornal Pequeno, Josivaldo Correa diz que se trata de uma candidatura humilde e sem ilusão do Partido Comunista Brasileiro ao trabalhador maranhense. Leia abaixo a íntegra da entrevista: Jornal Pequeno – Com a saída de Marcos Igreja, quais os objetivos do PCB com a sua candidatura ao governo do Maranhão? Josivaldo Correa – Após consultas jurídicas, entendemos que o melhor era pela substituição dentro do prazo eleitoral, dez dias, sob pena de o partido ter outros problemas jurídicos eleitorais. Lamentamos a substituição do nome do camarada Marcos Igreja ao governo do Estado, em razão de ausência de comprovação de desincompatibilização. Assim estaremos cumprindo essa tarefa partidária. O PCB é maior que os nomes. Mas o PCB irá continuar criticando o processo burguês de escolha da representação, onde o aparelho do estado é que diz quem está apto ou não para representar o povo no processo eleitoral. Muito mais que pedir votos, o PCB vai qualificar o debate, colocar o dedo na ferida e dizer o que eles não dizem e enganam vocês. Queremos contribuir para que os trabalhadores maranhenses façam uma reflexão sobre seu futuro e o futuro do Estado. O PCB e a nossa candidatura estão lançando uma CAMPANHA POLÍTICA, não apenas uma campanha eleitoral. Nossa candidatura é uma tarefa partidária, sem ilusões, que fará uma Campanha Movimento, uma Campanha Manifesto, em que não apresentaremos propostas meramente técnicas para humanizar e moralizar o capitalismo, que é intrinsecamente desumano e corrupto. Temos que mudar nessa estrutura de estado que ai está. Conscientes de que não vamos mudar agora o Maranhão e nem somente melhorá-lo, queremos sim, conscientizar o seu voto e pra isso, denunciaremos a farsa da democracia burguesa nessa eleição. Deixaremos claro que as nossas propostas somente poderão se tornar realidade, com o apoio da mobilização e a organização dos trabalhadores, reunidos em uma ampla Frente Anticapitalista e Antiimperialista, para além das eleições. JP – Que avaliação o senhor faz desta fase inicial da campanha do PCB às eleições de outubro no Maranhão? Josivaldo – Após travar as lutas burocráticas e jurídicas da legislação eleitoral para garantir a nossa participação no possesso burguês e eliminatório, processo disfarçado de democrático. Nossa avaliação é contraditória a tudo que ai está. Às disputas entre as maiores coligações partidárias nestas eleições é apenas superficial, pois não coloca em jogo a natureza do Estado, os verdadeiros problemas do povo trabalhador e pobre. E todas estão vinculadas aos interesses pessoais e dos grandes grupos de capital financeiro e industrial hegemônico. O PCB rejeita a falsa tripolarização imposta pelos meios de comunicação, que querem transformar essas eleições em mera escolha de quem será o melhor gerente para administrá-lo o capitalismo de oportunidades e tentar afastar a população de uma alternativa popular para o Maranhão. JP – O que representa, no atual cenário político do Estado, a candidatura de Josivaldo Corrêa ao governo do Maranhão? Josivaldo – Representa possibilidades. Um ícone atrevido e militante do coletivo, no cenário maranhense. O PCB após muitos anos de esperar, lançar uma candidatura do coletivo partidário e não uma candidatura pessoal. É hoje o PCB, está conseguindo se apresentar à população Brasileira e maranhense com candidaturas próprias, do seu quadro de militantes, que estão cumprindo uma tarefa partidária importante para o processo da Revolução Socialista Brasileira que em breve acontecerá e só depende da vontade do povo se organizar e fazer, logo o PCB se coloca ao lado de todas as demais forças políticas revolucionárias a orientar esse processo. Queremos alertar a população de que tem sido a mídia hegemonica uma das grandes responsáveis pelo desequilíbrio das eleições, quando ela direciona, de forma perversa e interesseira, quem vai ganhar e quem vai perder. Já não bastasse o desequilíbrio imposto por lei quanto ao tempo de mídia distribuído entre os candidatos, uma verdadeira imoralidade. Pois os Partidos quem têm representação nos parlamentos nacional detém os maiores tempos de mídia e podem fazer grandes novelas teatrais no rádio e na TV, enquanto os demais partidos, às vezes, conseguem expressar os nomes e os números dos seus candidatos. Essa lei precisa mudar e o PCB vai contribuir para que isso aconteça, organizando a população, pois somente o povo organizado poderá imprimir essa mudança, de vez que os parlamentares conservadores eleitos não têm esse interesse político nessa mudança. Como se percebe, existem questões centrais importantes para serem tratadas no Estado. JP – Que propostas o senhor defenderá em seu programa de governo? Josivaldo – O PCB apresentará para os brasileiros, em especial aos maranhenses, do ponto de vista político, propostas embasadas num programa/manifesto para discutir os grandes e graves problemas causados pelo capitalismo que tornou a classe trabalhadora sem a qualidade de vida que ela merece ter, por ser a produtora da riqueza do País. Precisamos ter uma nova forma de economia que valorize a produção e o trabalhador e não o capital especulativo ou o salvamento de Bancos Privados em detrimento das políticas sociais; precisamos fazer uma reforma agrária capaz de combater o latifúndio e valorizar a agricultura familiar, manter o homem no campo com as condições de vida decente, tendo escola para os filhos, hospitais para cuidar dos doentes, segurança para que não possa ser molestado, combate forte aos grupos oligárquicos que oprimem os mais fracos para se perpetuarem no poder, tendo o Estado como a sua fonte de enriquecimento ilícito. Faremos uma campanha educativa para desmistificar alguns mitos que permitem sempre aos mais ricos e considerados “mais sabidos” se elegerem e se manterem no poder do Estado a custa da ignorância da população sobre o que é e para que serve a política, o que é e para que serve a representação popular nos espaços de poder do Estado, combateremos veementemente a compra de votos nas eleições para se buscar a ocupação de espaços políticos, denunciaremos os atos de governo que lesam a população. Somos a favor do fechamento do Senado e que se construa um Congresso Unicameral das duas casas legislativas. Enfim, falaremos coisas à população que às vezes ela não está acostumada a ouvir, verdades e que pode não nos render voto. Não temos nenhuma ilusão quanto à questão eleitoral, se vamos ou não vamos eleger os nossos candidatos. O importante é que estaremos contribuindo para melhorar o processo de escolha de representantes do povo através de eleições e apresentando as nossas idéias e propostas, do PCB, à população Brasileira e Maranhense. JP – Qual sua impressão acerca das candidaturas ao governo os demais candidatos, especialmente de Roseana Sarney, Flávio Dino e Jackson Lago? Josivaldo – São impressões conscientes e indignadas diante de tantas afrontas e suas permanências. A primeira é midiática e jurídica e não é reeleição, pois ela tem hoje um governo que foi usurpado da vontade popular, quando o “Tribunal lhe dá um mandato” que o povo não lhe deu. Agora, como ela está no governo, mesmo ilegítimo, o páreo eleitoral se torna muito difícil devido a velha prática de uso da máquina do governo para cooptar lideranças, cooptar prefeitos, fazer propagandas enganosas que o povo passa a acreditar pelo grande apelo do marketing que é feito, usar toda a estrutura de mídia (rádio, TV e jornal) que o grupo Sarney possui, as custas do Estado, enfim, tudo isto somado dá a ela uma vantagem sem igual diante dos outros candidatos. Mas, esperamos que a população não se iluda com nada disto e dê uma resposta contrária a tudo isto, elegendo um representante ao governo do Estado que tenha a cara e o salário do povo. Os demais citados acima são candidaturas que se equivalem na defesa do neoliberalismo como faceta do capitalismo, representados a nível nacional pelos candidatos José Serra, Dilma Roussef e Marina Silva. Pois, todos de um modo ou de outro estão na base de sustentação do PSDB e do PT, governo e oposição, defendendo as mesmas coisas, sem nenhum diferencial acentuado, sendo ao final uma troca de seis por meia dúzia. E, para isto o PCB apresenta a nossa candidatura ao governado do Estado. JP – O que o senhor acha da chamada Lei da Ficha Limpa? Josivaldo – Altamente coerente e vigorante, porém tem seus efeitos deformados por impressões e pareceres técnicos tendenciosos para beneficiar alguns e prejudicar a outros, na luz do Direito e da legislação e de seus autores júris-interpretativos. A favor da retroatividade para cumprir com a justiça. Enfim, uma matéria polêmica e necessária. JP- Como será a participação do PCB nas próximas eleições de outubro no Maranhão? Josivaldo – Na campanha, apresentaremos propostas e caminhos de luta para a superação dos graves problemas que afligem a grande maioria da população de nosso estado, mas antes de tudo, cumpri com papel de divulgar o programa do PCB e esclarecer a população que o Comunismo ainda é possível, e que a revolução é uma ação do conjunto das massas organizadas e que é nossa meta alvo primordial. A conscientização do proletariado e dos operários diversos na buscas do socialismo. Nesse quadro, somente uma grande frente anticapitalista e antiimperialista – envolvendo organizações políticas, movimentos populares e setores progressistas da sociedade – será capaz de organizar e mobilizar os trabalhadores, não apenas para as eleições, como é praxe nos partidos burgueses e reformistas, mas principalmente para lutar pelas transformações sociais, econômicas e políticas necessárias para a superação do capitalismo. JP – Serão quantos candidatos da coligação à Assembleia Legislativa e à Câmara dos Deputados? Ao todo, são quantos candidatos do partido? Josivaldo – Com as devidas baixas no processo eliminatório do processo burguês e eleitoral. Uma de deputado federal – representada pela candidatura do velho e experiente comunista Biné. São quatro candidaturas à Assembléia Legislativa; Sildeane (São Luís) Elenildo (Icatu), Professor Ludendorf (Codó) e Nascimento (Tutóia) e temos uma ao Senado Federal: Charles Eletricista (Barra do Corda) JP – Qual sua análise da atual representação do Maranhão no Senado da República? Cafeteira? Mauro Fecury? Sarney? Josivaldo – É uma piada de mau gosto. Não temos representação nenhuma, basta assistir as sessões do Senado para se tirar as conclusões óbvias, nenhum deles se manifesta, não apresentam nada nem defendem coisa alguma. São contadores de “causos” e o Sarney não é “Senador do Maranhão” é o único que é senador de todos os estados. Se vira nos trinta. JP – Por que o senhor se lançou, primeiramente, candidato ao Senado da República? Josivaldo – Sem vaidades, para cumprir uma tarefa partidária. Além de estarmos preparado para contribuir com o debate real das questões centrais do maranhão. Acreditamos que não precisamos apenas dos números e seus índices para buscar verbas, mas no controle de suas distribuições, precisamos sim, alterar esse modelo de estrutura de estado que ai está posto. Nosso compromisso militante se estende agora a essa candidatura ao Governo do Estado, ambas representam a Unidade da forma do coletivo partidário do PCB. A coerência do Centralismo Democrático. JP – Como o senhor avalia as candidaturas ao Senado: Lobão, João Alberto, Zé Reinaldo, Vidigal, Roberto Rocha, Noleto, Paulo Rios etc? Josivaldo – Excluindo os camaradas Noleto, Paulo Rios que representam, também, o projeto socialista anticapitalista e antiimperialista, o restante representam a mesmice do neoliberalismo, uma faceta velha do Capitalismo, que ganha força no governo de Collor de Melo, é aprofundado no governo de Fernando Henrique Cardoso e continuado no governo Lula. Ainda por cima carregam o vício da política de beneficiar seus grupos em detrimento das necessidades básicas da população. Representam mais os seus interesse que os do povo que os elegem. JP – Qual a posição do PCB em relação à sucessão presidencial? Josivaldo – Temos candidato a Presidente e, de todos que se apresentam neste momento político-eleitoral, não temos dúvida de que o camarada IVAN PINHEIRO é o que reúne mais conhecimento, nacional e internacional, da realidade brasileira. É um advogado estudioso da política do Brasil e temos certeza que poderá dar uma grande contribuição para o Brasil se tornar uma grande Nação do Planeta Terra, na luta pela vida.

JORNAL PEQUENO DE 15 DE AGOSTO DE 2010 - POR MANOEL DOS SANTOS NETO (MANOELZINHO)


Publicado em 15 de agosto de 2010 por Santos - Jornal Pequeno Pág 13.

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