domingo, 22 de agosto de 2010

Não votemos em quem tiver ficha suja


As eleições de 2010 prometem ser diferentes, pelo menos assim de inicio. Campanhas menos barulhentas, muita coisa pela rede, poucos comícios. O que não muda mesmo são as propagandas enganosas, os caras-de-pau e a incontrolável vontade de escrever sobre elas.
A novidade é o Projeto Ficha Limpa, que embora sendo novidade, seu escopo já era previsto na constituição de 1988, portanto nada de novo no reino do Lula.
O projeto é demagógico, sem nenhuma utilidade num país em que leis não são cumpridas.
Assim como a lei seca, se a constituição tivesse sido cumprida na forma original, muitas mortes teriam sido evitadas e muitos políticos já não fariam parte do cenário deprimente do Congresso Nacional.
Mas a verdadeira lei do ficha limpa, a única que pode ser implantada, na contra-mão dos governos, é aquela imposto pelo povo nas urnas.
NÃO VOTEMOS EM QUEM TIVER A FICHA SUJA!
Não sendo eleitos, não atrapalharão e servirão de exemplos para os novatos.
É bem verdade, que não limparemos de vez a sujeira que permeia a política brasileira, mas estaremos dando o primeiro passo promover a limpeza tão esperada.
Aliás, se analisarmos o momento atual da política brasileira e do comportamento espúrio de senadores e deputados federais, a eleição menos importante neste 2010 é a do Presidente de República, que em tese é o mais importante cargo da política brasileira.
É que nada adianta ser eleito alguém honesto, com boas intenções, se fica refém de uma corja de políticos eleitos pela vontade popular, que legislam em causa própria e visando interesses particulares. Políticos que promovem os mais espúrios acordos, lesando o erário público, enganando o povo e contribuindo decisivamente para a estagnação político-social do País.
Portanto, se não voaremos em quem tem ficha suja, em quem fica rico da noite para o dia a expensas do cargo para qual foi eleito pelo povo, estaremos contribuindo para o resgate da cidadania e da constituição.
Para mudar a vergonha que assola a política brasileira não precisamos de mais leis, não precisamos torcer para que as interpretações dos nossos magistrados sejam consoantes com nossos desejos e com o espírito com que as leis foram concebidas, não, não precisamos de nada, a não ser da conscientização dos nossos direitos, deveres e usarmos os nossos votos para limpar as baias do Congresso Nacional.
Para presidente eu sei em quem não voto. Não voto da Dilma, que não mostra sua identidade, usa a do seu criador e não tenho dúvidas que a história do criador ser engolido pela criação voltará a se repetir, é só tentar entender a confusa e nada salutar biografia da candidata. Resta-me o Serra ou a Marina.
Para senador, não sobra opção, se não vejamos: Temos o Lobão, que dispensa apresentação e o meu voto; O João Alberto, este nem dá para a saída, é 90% honesto, nas suas próprias palavras; Zé Reinaldo, processos e burrice não lhe credenciam; Roberto Rocha perdeu o andar da carruagem e a aura de capaz, quando negociou sua candidatura a governador; Edson Vidigal, nunca disse a que veio, melhor ter ficado curtindo sua aposentadoria como ex-Ministro do TSE, sendo assim só me resta votar no Charles eletricista.
Para deputado federal a coisa começa a engrossar, mas pretendo votar do Gastão Vieira, que pode ajudar na implantação da UFMA na Barra do Corda.
Para deputado estadual, vou de Darci Terceiro, não é hipócrita e não tem os viços dos outros candidatos.
Que comecemos a aprender a votar neste 2010, para não erramos novamente em 2012.

*Cezar Braga é presidente da Arcádia Barra-Cordense (ABC)

jornal Turma da Barra
Coluna do Cezar Braga

nº 337, segunda-feira, 9 de agosto de 2010

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