As eleições de 2010 prometem ser diferentes, pelo menos assim de inicio. Campanhas menos barulhentas, muita coisa pela rede, poucos comícios. O que não muda mesmo são as propagandas enganosas, os caras-de-pau e a incontrolável vontade de escrever sobre elas.
A novidade é o Projeto Ficha Limpa, que embora sendo novidade, seu escopo já era previsto na constituição de 1988, portanto nada de novo no reino do Lula.
O projeto é demagógico, sem nenhuma utilidade num país em que leis não são cumpridas.
Assim como a lei seca, se a constituição tivesse sido cumprida na forma original, muitas mortes teriam sido evitadas e muitos políticos já não fariam parte do cenário deprimente do Congresso Nacional.
Mas a verdadeira lei do ficha limpa, a única que pode ser implantada, na contra-mão dos governos, é aquela imposto pelo povo nas urnas.
NÃO VOTEMOS EM QUEM TIVER A FICHA SUJA!
Não sendo eleitos, não atrapalharão e servirão de exemplos para os novatos.
É bem verdade, que não limparemos de vez a sujeira que permeia a política brasileira, mas estaremos dando o primeiro passo promover a limpeza tão esperada.
Aliás, se analisarmos o momento atual da política brasileira e do comportamento espúrio de senadores e deputados federais, a eleição menos importante neste 2010 é a do Presidente de República, que em tese é o mais importante cargo da política brasileira.
É que nada adianta ser eleito alguém honesto, com boas intenções, se fica refém de uma corja de políticos eleitos pela vontade popular, que legislam em causa própria e visando interesses particulares. Políticos que promovem os mais espúrios acordos, lesando o erário público, enganando o povo e contribuindo decisivamente para a estagnação político-social do País.
Portanto, se não voaremos em quem tem ficha suja, em quem fica rico da noite para o dia a expensas do cargo para qual foi eleito pelo povo, estaremos contribuindo para o resgate da cidadania e da constituição.
Para mudar a vergonha que assola a política brasileira não precisamos de mais leis, não precisamos torcer para que as interpretações dos nossos magistrados sejam consoantes com nossos desejos e com o espírito com que as leis foram concebidas, não, não precisamos de nada, a não ser da conscientização dos nossos direitos, deveres e usarmos os nossos votos para limpar as baias do Congresso Nacional.
Para presidente eu sei em quem não voto. Não voto da Dilma, que não mostra sua identidade, usa a do seu criador e não tenho dúvidas que a história do criador ser engolido pela criação voltará a se repetir, é só tentar entender a confusa e nada salutar biografia da candidata. Resta-me o Serra ou a Marina.
Para senador, não sobra opção, se não vejamos: Temos o Lobão, que dispensa apresentação e o meu voto; O João Alberto, este nem dá para a saída, é 90% honesto, nas suas próprias palavras; Zé Reinaldo, processos e burrice não lhe credenciam; Roberto Rocha perdeu o andar da carruagem e a aura de capaz, quando negociou sua candidatura a governador; Edson Vidigal, nunca disse a que veio, melhor ter ficado curtindo sua aposentadoria como ex-Ministro do TSE, sendo assim só me resta votar no Charles eletricista.
Para deputado federal a coisa começa a engrossar, mas pretendo votar do Gastão Vieira, que pode ajudar na implantação da UFMA na Barra do Corda.
Para deputado estadual, vou de Darci Terceiro, não é hipócrita e não tem os viços dos outros candidatos.
Que comecemos a aprender a votar neste 2010, para não erramos novamente em 2012.
*Cezar Braga é presidente da Arcádia Barra-Cordense (ABC)
jornal Turma da Barra
Coluna do Cezar Braganº 337, segunda-feira, 9 de agosto de 2010
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